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sábado, 19 de junho de 2010

A VIDA CRISTÃ NÃO É UM ACAMPAMENTO!


“Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (Mt 17.4).

Sempre que participamos de um acampamento, não temos vontade alguma de voltar para as nossas casas. É tudo tão bom que gostaríamos de poder ficar a vida inteira participando das bênçãos que Deus proporciona a todos nós.

Aconteceu algo semelhante com os discípulos de Jesus: Pedro, Tiago e João. Eles estavam com Ele e presenciaram o momento em que Se transfigurou. A Bíblia nos diz que o Seu rosto resplandeceu como o sol, e as Suas vestes tornaram-se brancas como a luz (v.2). A reação dos discípulos, neste caso, não poderia ser outra, se não dizer: “Senhor, bom é estarmos aqui, vamos ficar acampados neste monte!”. Jesus, a seguir, os faz “cair na realidade”. Ele mostra que, apesar de estarmos de passagem por este mundo (e até podemos dizer que estamos “acampados” nele), a vida cristã não é um acampamento. Existem muitas pessoas precisando conhecer a Jesus.

Quando Jesus e seus discípulos chegaram onde estava a multidão, começaram a perceber o problema que afligia a todos: a falta de Deus. A primeira cura que Jesus efetuou foi a de um epilético, após expulsar o demônio que o atormentava.

Algo que essa passagem destaca é o fato de que os discípulos, que ficaram juntos da multidão (e não presenciaram a transfiguração do Mestre), não puderam expulsar o demônio do garoto, e são repreendidos por Jesus como pessoas incrédulas, ouvindo o Seu questionamento: “até quando estarei convosco?”.

Os discípulos estavam acostumados a receber tudo do Mestre, e já era hora deles começarem a caminhar com as suas próprias pernas, sem, logicamente, perder de vista a dependência no Seu poder. Eles poderiam ter expulsado o demônio do menino, mas a falta de fé, fez com que não atentassem para o poder que há no nome de Jesus.

Muitas vezes, nós como cristãos, queremos viver apenas “nos montes”, “nos acampamentos”, nos esquecendo de tudo o que temos de fazer em prol das pessoas que, à semelhança do garoto epilético, estão nas garras de Satanás.

É hora de “descermos do monte” para dar assistência necessária àqueles que sofrem as consequências do pecado. Afinal, ser cristão não é ser um lunático, alguém que só olha para cima. Ser cristão é olhar para cima, mas com os pés no chão; é olhar para Cristo e olhar para o mundo perdido, carente da Sua glória.

Nessa passagem podemos ver dois tipos de cristãos: 1. Aqueles que só querem viver nos “montes”, sem perceber a realidade do mundo em que vivem; 2. Aqueles discípulos improdutivos, que não têm fé nem para si mesmo, quanto mais para ajudar os outros ao seu redor.

Que sejamos discípulos com a experiência do monte (experiência pessoal com o Senhor), mas com fé suficiente para influenciar os outros ao nosso redor.

“Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Evangelismo com autoridade

“Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.”
Mateus 7.28 e 29 (NVI)

Muito se fala sobre métodos de evangelismo. Cursos e mais cursos de evangelismo pessoal surgem prometendo atingir milhares de pessoas em pouco tempo.

Acontece que evangelismo não deve ser encarado como um método e sim como um estilo de vida. Não é necessário decorar uma "fórmula mágica" e crer que isso dará certo, pois pode ser que a fórmula seja boa, mas se a vida do "evangelista" não estiver compatível com a mensagem pregada, poucos resultados teremos de maneira concreta.

Em toda a história da Igreja o que contava não era a maneira como a mensagem era pregada, mas a autoridade daqueles que a anunciavam:

1) Vemos no final do Sermão do Monte o grande diferencial da vida de Jesus em contraste com a vida dos escribas: a autoridade.

2) Vemos na vida de Pedro a intrepidez e a sabedoria com a qual anunciava a mensagem do evangelho, o que causou espanto aos ouvintes e uma resposta positiva ao evangelho.

3) Vemos que Paulo, em Atenas, falava com autoridade também, o que lhe deu a oportunidade de, mais tarde, testemunhar no areópago.

4) Vemos em todos os séculos seguintes, na vida de tantos missionários, que o grande diferencial de suas vidas era a autoridade dada por Deus.

Uma das definições da palavra autoridade quer dizer "prestígio ou influência que uma pessoa exerce sobre os outros, por seus méritos", ou seja, tal pessoa é ouvida e respeitada, baseando-se em seus méritos.

Pensando nesta questão de influência, surge a pergunta: Como está a nossa influência no meio em que vivemos? Nossos vizinhos, parentes e amigos, têm visto a diferença que Jesus faz nas nossas vidas, por meio do comportamento exemplar evidenciamos, isto é, por meio de uma vida que tem autoridade para anunciar as as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz?

Agora pensando em virtudes, temos uma grande questão: Não existe nenhum mérito, nem tampouco um método que seja capaz de influenciar outras vidas à parte da obra bendita de Jesus Cristo, portanto, todo o mérito é dEle. Todas as virtudes são dEle, como diz o texto de 1 Pe 2.9.

É pelo fato de estarmos em Cristo que temos a autoridade para influenciar vidas, é o poder do Espírito Santo que nos capacita para toda a boa obra, e deve ser sempre do Senhor nosso Deus todo o louvor. Isso corresponde ao que Pedro continua dizendo no verso 12:

“mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”

Que por meio de uma vida exemplar, de boas obras, tenhamos esta autoridade para evangelizar.

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