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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TRADIÇÃO OU CONVICÇÃO?

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” (Mateus 15.8-9)

É bem interessante o contexto no qual se encontra este versículo. Trata-se de uma situação em que Jesus foi questionado pelos fariseus e pelos escribas. E no quê Ele foi questionado? No fato de que Seus discípulos, não lavavam as mãos para comer (v. 2)!

Não se tratava de uma questão de higiene, como alguns podem pensar. O que ocorria era que os discípulos não estavam praticando o ritual cerimonial, imposto pelos antigos, o qual, segundo eles, todos judeus deveriam praticar. Champlin, em seu comentário versículo por versículo da Bíblia, diz: “Esses ritos nada tinham a ver com a higiene física, mas eram reputados um tipo de higiene espiritual para eliminar o perigo do contacto (sic) com os gentios ou outras coisas que causavam a imundícia cerimonial...” (ONTIVPV V.1, pág. 429).

Mas Jesus foi muito claro na Sua resposta: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?” (v. 3). Note que Jesus fala sobre uma transgressão com relação ao mandamento de Deus! Não ao mandamento dos homens, como Seus discípulos estavam sendo condenados. Para maiores detalhes, vejam os versos 4 a 9.

O que quero chamar a nossa atenção é o fato de que muitos questionamentos no meio da Igreja se devem ao fato de não cumprimentos às leis humanas: tradições ou comportamentos tidos como “padrão” no meio evangélico. Por vezes questiona-se e se afirma: “Nunca fizemos isto na Igreja!”, ou “Sempre fizemos assim, porque mudar agora?”.

Não quero dizer que devemos “liberar geral”, no sentido de opor-se aos costumes aprendidos dos antigos. O que quero é que não sejamos como os fariseus da época de Jesus, que colocavam um jugo tão pesado naqueles que queriam seguir a Lei de Deus, que os tornavam presos aos ritos e cerimoniais, inculcando neles preceitos humanos e fazendo-os, segundo Jesus disse, filhos do inferno duas vezes mais do que eles mesmos (ver Mt 23.15).

No que baseamos nossa prática eclesiástica? Na tradição dos homens, ou no cumprimento da Palavra de Deus. Por vezes questionamos outras religiões, dizendo que elas são seitas, porque seguem tradições humanas, o que é fato! Mas nem sempre vemos que muitas das nossas práticas podem também estar sendo baseadas justamente na mesma tradição que questionamos.
Devemos, antes de questionar alguma prática eclesiástica, ver se esta está ferindo ou não algum princípio bíblico. Naquilo que se diz respeito aos princípios bíblicos, não podemos abrir mão! Já nas coisas secundárias, como por exemplo, costumes e hábitos podemos ser tolerantes, e porque não dizer abertos a mudanças?

Que a nossa postura perante a sociedade, que a nossa pregação; enfim, que as nossas vidas, estejam embasadas, não em tradições humanas, mas na Palavra de Deus.

Porque esta sim, produz frutos de justiça em nós!

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